Meus pés estavam pesados naquela lama, e minhas costas quase não suportavam mais o peso das armas. Era noite, e o frio nos torturava. Alguns minutos nos eram presenteados para descanço, mas logo eram interrompidos com o estrondo de bombas, e sangue espirrando por todo lado. As trincheiras estavam cada vez mais sujas, devido aos dejetos e aos cadáveres que ali adormeciam. Os dias iam passando e o número de soldados estirados no chão aumentava. Mas eu tinha que continuar lutando pela pátria. Restavam poucos soldados ainda vivos no meu exército. E os adversários se aproximavam. Eu sabia que estávamos perdidos, sem chance. Não tínhamos mais bombas, e as munições estavam acabando. Subi o olhar e vi aqueles tanques enormes se aproximando. Tinha chegado a minha hora. Num ato de desespero, quis me atirar diante daquele tanque de guerra. Mas lembrei dos meus filhos e da minha esposa. Teria que resistir até o último momento, não poderia ceder. E num breve olhar cabisbaixo de despedida, avisto um pequeno buraco na trincheira. Entrei. Os soldados adversários passaram matando todos do meu exército, não sobrara um, exceto eu.
JOSÉ vitor DE ALENCAR! :D
ResponderExcluirkkkkkkkkk. Gostei! :D
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