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8 de julho de 2010

Nem tudo é o que parece ser


Sou dono de um grupo de empresas muito importante. Tenho quatro carros, uma casa de luxo, um apartamento na praia. Tenho tudo. Ou melhor, quase tudo. A maioria das mulheres sempre vêm até a mim por interesse financeiro. Até minha ex-mulher, na qual tive dois filhos. Sempre estou estressado devido ao cotidiano que levo nas empresas. Por isso resolvi tirar férias e fazer um cruzeiro que tinha lido outro dia em uma revista. O navio era muito grande e tinha de tudo um pouco. Durante a noite fui na boate. Havia muita mulher bonita. Mas todas jovens, que conseqüentemente iria se interessar somente no meu dinheiro. Antes de sair percebi que havia um moça, alta, dos olhos castanhos. Me chamou muita atenção. Fui até ela e perguntei seu nome. Nos conhecemos naquele momento e logo após fomos para meu quarto. Passamos todos os dias do cruzeiro juntos, dançando, se divertindo. Ela era muito jovem, cheia de vida. Eu gostei muito dela, mas logo minha auto-defesa me lembrava que podia ser só mais uma interesseira. Ela parecia ser jovem demais para ter alguma coisa na vida. Talvez nem tivesse faculdade. No último dia, me esquivei dela para não trocarmos endereços nem telefones, pois eu tinha o receio de ser mais uma mulher que quisesse apenas meu dinheiro. Fui embora. Aqueles momentos não saíam da minha cabeça. Ela era linda, muito doce, cheia de si. Cheguei em casa, joguei as malas na sala e fui para meu quarto. Olhei rapidamente para o criado mudo da cama e vi a revista na qual eu tinha descoberto o cruzeiro. Era ela na capa, dona da empresa de viagens.


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